O “peso” ainda é um assunto delicado para muitas pessoas. Há quem evite o tema e outros que o usam para manifestar preconceitos, como a gordofobia, por exemplo. No entanto, quando se fala em saúde, não estamos referenciando o corpo dos padrões estéticos, e sim sobre o peso ideal para o pleno funcionamento do organismo de cada um, levando em consideração seus hábitos alimentares, de exercícios físicos, históricos médicos, patologias e genética.

A obesidade é o excesso de peso causado pela gordura corporal, ou seja, de forma simplificada, quando o indivíduo apresenta um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 30. Para medir o IMC, é necessário dividir o peso do paciente em quilos pela sua altura ao quadrado. Assim, por exemplo: 80 quilos dividido por 1,80m x 1,80m, resultaria em 24,69 de IMC, número considerado normal. Além disso, é preciso ter atenção com a gordura acumulada no abdômen, medindo a circunferência da barriga.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), medidas de circunferência abdominal superior a 94 cm para homens e 80 cm para mulheres, aumentam os riscos de doenças cardíacas. Já no caso do IMC, confira os valores:

18,5 ou menos- Baixo peso

18,6 a 24,9 – Eutrófico ou peso adequado (normal)

25 a 29,9 – Sobrepeso

30 a 34,9 – Obesidade grau I

35 a 39,9 – Obesidade grau II

40 ou mais – Obesidade grau III

Para saber qual o seu IMC e verificar se é hora de procurar um médico, clique aqui e faça o teste online agora. 

Dados

A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de que, em 2025, 2,3 bilhões de adultos no mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões com obesidade.

De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada pelo Ministério da Saúde em 2018, quase 20% da população brasileira foi identificada com obesidade. No levantamento, foram ouvidas 52.395 pessoas com mais de 18 anos, nas 26 capitais do país e mais o Distrito Federal, entre fevereiro e dezembro de 2018.

A porcentagem de 2018 revelou um aumento de 67,8% de 2006, quando haviam 11,8% de pacientes obesos no país, para 19, 8% em 2019.

Doenças relacionadas

Os dados de aumento da obesidade são preocupantes, já que a condição está relacionada com o agravamento de doenças crônicas, como problemas cardiovasculares e diabetes, e pode contribuir no desenvolvimento de alguns tipos de cânceres, entre eles o câncer de mama.

Por isso o alerta é tão necessário: para evitar a obesidade, alguns cuidados no dia a dia podem ajudar. Veja:

–  Retire da sua dieta o consumo de alimentos ultraprocessados como presuntos, salsichas, linguiças, mortadelas, refrigerantes, sucos artificiais, biscoitos recheados e macarrão instantâneo.

– Privilegie a ingestão de alimentos in natura e minimamente processados.

– Faça atividades físicas regularmente.

Para tratar a obesidade, é necessário fazer acompanhamento médico para avaliar outros fatores que podem contribuir com este quadro como estresse, uso de medicamentos, outras doenças e distúrbios do sono, por exemplo.

Ainda tem dúvidas? Procure a assistência do seu médico de referência e tenha uma vida mais saudável!