Causada por uma bactéria, a doença é transmitida pelo sangue, contato sexual e na gestação
Deveria ser uma doença do passado, mas não, a sífilis continua fazendo vítimas e os números comprovam isso. Entre junho de 2010 e 2016, o Ministério da Saúde notificou cerca de 230 mil novos casos. Números preocupantes, especialmente por ser uma doença sexualmente transmissível e que poderia ser evitada com o uso de preservativo. Informação e conscientização são fundamentais para barrar o contágio e suas consequências para a saúde.
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum transmitida por via sexual sem o uso de preservativo, por meio de transfusões sanguíneas entre portadores da doença, e também pela chamada transmissão vertical, quando uma grávida infectada transmite as bactérias para seu filho durante a gravidez ou no momento do parto. Para tratar é preciso medicar a pessoa infectada e o seu parceiro sexual. As gestantes precisam passar por um tratamento para que o bebê não seja infectado, evitando que ele nasça com problemas como surdez e até mesmo deficiência cognitiva.
Como se prevenir da sífilis?
– Uso de preservativo durante o ato sexual (principal forma de prevenção);
– Se contraída a bactéria, ambos os parceiros devem fazer um tratamento completo como forma de controle, a fim de impedir a cadeia de transmissão;
– Nos casos de sífilis congênita é preciso fazer o diagnóstico precoce por meio de testes em mulheres que queiram ficar grávidas. A sífilis congênita (que atinge os bebês) pode causar inúmeras alterações, incluindo a microcefalia;
– Em mulheres grávidas, uma rotina de exames pré-natal deve ser feita no primeiro trimestre da gravidez.
Entenda a gravidade da doença
A sífilis pode apresentar-se em três estágios: inicialmente, a pessoa contaminada pode apresentar feridas e caroços em seus órgãos sexuais e regiões próximas. No segundo estágio há o aparecimento de manchas em todo o corpo, além de queda de cabelo. Tanto as feridas como as manchas são indolores e podem desaparecer a qualquer momento, mesmo que a doença não tenha sido curada. O terceiro e último estágio pode ser assintomático. Uma pessoa contaminada pode permanecer meses e até mesmo anos com a doença, sem que perceba sua presença. Em casos mais graves, a sífilis pode resultar em paralisia, cegueira, problemas cerebrais e cardíacos.
O VDRL é um exame de sangue para diagnosticar a sífilis que pode ser feito em laboratório. O tratamento é feito com um medicamento chamado penicilina benzatina.
No caso de transmissão vertical, a criança pode já nascer com os sintomas da doença, ou apresentá-los alguns dias após seu nascimento.
Bebês contaminados com a sífilis podem apresentar pneumonia, cegueira, deformações ósseas, surdez e deficiências mentais.
Fonte: Ministério da Saúde