Depois do Outubro Rosa e do Novembro Azul, chegou a vez do Dezembro Laranja.
É essa a cor escolhida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para representar a batalha contra o câncer de pele, que é o tipo mais comum da doença na população.
O câncer de pele pode se manifestar de diversas formas, como em uma ferida que não cicatriza, uma pinta ou mancha na pele (normalmente mais escuras), e é dividido em dois principais tipos. Mais agressivo e letal, o melanoma surge, geralmente, a partir de uma pinta escura. Já os não melanomas, divididos em carcinoma basocelular e espinocelular, costumam aparecer sob a forma de lesões que não cicatrizam.
O melanoma é o que rende mais preocupação porque tem mais chances de provocar metástase. Ele é responsável por apenas 5% dos casos de câncer de pele, mas corresponde por 46% das mortes.
No Brasil, as estimativas de 2017 apontam a ocorrência de aproximadamente 596.070 casos novos de câncer, incluindo os casos de pele não melanoma, desses 49% (205.960) em mulheres e 51% (214.350) em homens, reforçando a magnitude do problema do câncer no país.
GRUPO DE RISCO
Os dermatologistas chamam atenção da população para grupos que possuem maior disposição para a doença. Pessoas com:
– Casos de câncer pele na família;
– Mais de 6 queimaduras de sol durante a vida;
– Muitas sardas;
– Mais de 50 pintas no corpo;
– Pele muito clara, mais propícias a ficar com pele queimada do que bronzeada;
– Feridas que não cicatrizam;
– Pintas no corpo que mudam de cor ou crescem;
PREVINA-SE E DÊ ATENÇÃO AOS SINAIS
– Qualquer pinta na pele de crescimento progressivo, que apresente prurido (coceira), sangramento frequente, ou mudança nas suas características (coloração, tamanho, consistência, etc.);
– Lesão em forma de nódulo de coloração rosada, avermelhada ou escura, de crescimento lento, porém progressivo;
– Qualquer ferida que não cicatrize espontaneamente em 4 semanas;
– Qualquer mancha de nascimento que mude de cor, espessura ou tamanho;
– Pessoas com 65 anos ou mais.
PREVENÇÃO BÁSICA
– Evite exposição prolongada ao sol, principalmente entre às 10h e às 16h;
– Use protetor solar (fator 15, no mínimo), todos os dias, em todo o corpo;
– Reaplique o filtro solar a cada 2 horas;
– Procure sempre utilizar boné, chapéu e óculos escuros (fator UV) para auxiliar na proteção;
– Consulte um dermatologista regularmente.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico precoce pode ser feito, na maioria dos casos, apenas com exame físico pelo médico especialista. Já o tratamento para o câncer de pele depende do tamanho, tipo, localização do tumor e agressividade da doença. Geralmente, são realizados procedimentos cirúrgicos simples.
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia