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Segundo o Ministério da Saúde o número de casos de caxumba em Curitiba quase triplicou este ano em comparação a 2015. A caxumba é considerada uma doença de evolução benigna e a vacina tríplice viral – que protege contra caxumba, rubéola e sarampo e é aplicada a partir de um ano de idade – é altamente eficaz. Já foram registrados 1902 casos de pessoas infectadas contra 675 no ano anterior. Nesta hora, rever a vacinação e garantir a imunidade é essencial para não contrair o vírus e nem contaminar outras pessoas.

Como se prevenir?
– Para garantir a proteção são necessárias duas doses da vacina, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS): aos 12 meses, com a tríplice, e aos 15 meses, com a tetraviral, que também imuniza contra varicela. Crianças, adolescentes e adultos (até 49 anos) não vacinados ou parcialmente vacinados devem se vacinar a qualquer momento. A partir dos 20, a dose é única e não em duas vezes, como acontece para as crianças. Se você tem certeza que foi vacinado não se preocupe com o reforço, pois a imunização é para sempre.
– Apesar de a cobertura da vacinação ser alta (segundo o MS, estudos detectaram anticorpos contra caxumba em 96,1% das pessoas vacinadas) há uma variação conforme a localidade. O aumento da incidência de casos, como no Paraná, serve de alerta para os gestores de saúde analisarem a cobertura vacinal da população e as regiões que precisam de reforço.
– O surto de caxumba tem no clima um grande facilitador. Segundo a diretora do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Juliane Oliveira, no inverno, pelo fato de as pessoas terem mais contato entre si e ficarem em ambientes mais fechados, a disseminação do vírus tende a ser maior. Outra questão é a perda da imunidade ao longo da vida, inclusive daqueles que já foram vacinados. Segundo Juliane, o aumento do número de casos ocorre periodicamente (último surto foi em 2011) e não há motivo para alarde.

Cuidados básicos:
A caxumba é uma doença contagiosa causada por um vírus e transmitido de uma pessoa para outra por via respiratória (através do espirro, por exemplo) ou por contato direto com itens que foram contaminados pela saliva infectada.
– Verifique a carteira de vacinação do seu filho e certifique-se de que ele tomou as duas doses recomendadas;
– Quem não tomou a vacina contra a caxumba na infância deve procurar a unidade de saúde mais próxima para a imunização, mesmo os adultos (até 49 anos). A partir dos 20, a dose é única;
– Mantenha os ambientes ventilados;
– Lave as mãos com frequência;
– Evite contato com pessoas doentes;
Não existe remédio para a caxumba. Alimentação, hidratação e repouso é a velha dica para a recuperação. A orientação médica é necessária e sempre a mais indicada a qualquer sinal da doença.

Sintomas
– Febre, dor de cabeça, dores musculares, desânimo, cansaço, náuseas e dor abaixo da orelha são sintomas da caxumba. Logo em seguida começa a aparecer o inchaço na região da mandíbula;
– As pessoas infectadas também sentirão muita dor para mastigar porque a parótida é uma glândula salivar e está inflamada. Alimentos ácidos, que provocam muita salivação, são extremamente desconfortáveis e contraindicados para quem está com a doença.