A Doença Celíaca é uma doença autoimune, que afeta o intestino delgado e é causada por intolerância ao glúten (proteína presente no trigo, centeio, cevada e aveia). A Gastroenterologista do Centro Clínico e Hospitalar NOSSA SAÚDE (CCHNS), Dra. Thaísa Kowalski Furlan, comenta sobre o assunto:

A apresentação clínica da doença pode ser variável, mas os sintomas mais comuns são dor abdominal, diarreia, emagrecimento, anemia, fadiga, desnutrição, distensão abdominal e lesões cutâneas. A doença é diagnosticada através de exames laboratoriais e confirmada por biopsia da mucosa do intestino delgado”.

Dra. Thaísa explica que a doença não tem cura e que o tratamento é uma dieta rigorosa, isenta de glúten por toda a vida. Isso afeta toda a rotina de alimentação do paciente, pois exclui produtos como: massas, pizza, bolos, pães, biscoitos, cerveja e alguns alimentos industrializados. A restrição pode dificultar inclusive a vida social, como conta Dra. Marina Emely Jorge, Pediatra do CCHNS e portadora da doença:

Descobri a doença há oito anos, quando já apresentava perda de peso, náuseas, queda de cabelos e diarreia. Logo que tive o diagnóstico, fiquei perdida por causa da mudança nos hábitos. A maior dificuldade encontra-se na alimentação fora de casa, pois existem poucos locais que fornecem alimentação segura para celíacos, com produtos sem a proteína”.

Segundo Marina, o que pode ajudar os portadores da doença é a informação, já que o diagnóstico precoce ajuda o celíaco a entender suas restrições e começar a se adaptar à nova rotina alimentar.

Atualmente, os supermercados são obrigados a separem os produtos diet, light, sem glúten e sem lactose do restante, para que consumidores com dietas especiais encontrem esse tipo de mercadoria com mais facilidade dentro do estabelecimento comercial.