“Qual parte as pessoas ainda não entenderam?”. O questionamento, feito pela secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, ao observar aglomerações em bares da cidade, aconteceu durante uma entrevista veiculada em junho de 2020, mas bem que poderia ter sido feito agora. De fato, a pandemia ainda é uma realidade, mas após meses de restrições, as pessoas parecem estar desacreditadas do perigo iminente que as cercam.

Mais de 130 mil mortos em todo o Brasil, no Paraná esse número se aproxima da triste marca de 4 mil pessoas. Esses números assustadores não são métricas, estatísticas ou dados, eles são vidas! Vidas perdidas, famílias marcadas por uma situação gravíssima, que atinge todo o planeta.

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Não, infelizmente ainda não passou. Precisamos nos proteger, cuidar de quem amamos e compreender que vai passar. Logo, este será apenas mais um capítulo triste da nossa história.

Comunidade Nossa Saúde

Desde o início da pandemia, recebemos em nossos hospitais e na rede credenciada mais de 2 mil pessoas com a suspeita de Covid-19. Hoje, mais de 400 pacientes têm seus quadros de saúde devidamente monitorados por uma equipe que está 24 horas empenhada em entregar o melhor em suporte à vida. Destes, cerca de 300 casos foram confirmados por exame.

Foto: Arquivo Nossa Saúde

Cada perda que sofremos é como uma luz que se apaga, e nós nos solidarizamos com essa dor sem nome que abala pais, mães, filhos (as), netos (as), amigos e todos aqueles que cultivam o amor pela pessoa querida que acabou não resistindo ao novo Coronavírus.

Não brinque com a vida, estamos sempre aqui por você! Fique atento e cuide do seu bem mais valioso!

Campanha Alert (AR): saiba como esse trabalho pode salvar vidas!

Em algum momento você já deve ter ouvido falar sobre a hipóxia silenciosa, ainda não? Bom, a hipóxia silenciosa ou hipoxemia silenciosa, observada em algumas pessoas infectadas pela Covid-19, é a falta de oxigênio no sangue, somada à não percepção de falta de ar. Quando o sintoma finalmente é notado e se manifesta de forma mais intensa, o paciente pode estar em situação grave, tendo que ser encaminhado rapidamente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para os procedimentos de estabilização.

Porém, esse problema pode e deve ser identificado rapidamente. Detectar a hipóxia silenciosa significa aumentar expressivamente as chances de vida! E isso pode ser feito de um jeito muito simples: aferir o nível de oxigenação no sangue ao menos duas vezes ao dia com a ajuda de um oxímetro digital. É importante que a checagem seja feita a partir do 7º dia dos sintomas do novo Coronavírus, quando a hipóxia silenciosa costuma acontecer e os níveis de saturação de oxigênio caem para menos de 95%.

A campanha Alert (AR), desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) em parceria com o Instituto Estáter (IE), vem ao encontro desse propósito oferecendo em diversos municípios, inclusive em Curitiba, a possibilidade de acompanhamento gratuito com uma equipe de especialistas que monitoram o nível de oxigênio da população cadastrada através da oximetria.

Esse movimento surgiu pela constatação de que grande parte dos óbitos por Covid-19 no mundo ocorreram fora das UTIs, então a iniciativa procura reduzir a mortalidade e o número de pessoas que precisam ser internadas em estado grave.

Para mais informações sobre a campanha e confirmação das localidades de atuação, envie um e-mail para: alertar@institutoestater.org.br

Comorbidades importantes: ajude no cuidado com os mais vulneráveis

Idosos, pessoas com diabetes, hipertensão arterial, tuberculose, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, doenças cardíacas, obesidade e oncológicos são os principais grupos de risco da Covid-19. Nesses casos, os cuidados preventivos precisam ser redobrados para que a exposição ao vírus seja reduzida.

Se você ou seus familiares tiverem alguma comorbidade, além dos cuidados básicos, é muito importante ter em casa um aparelho para medir a oximetria caso apresentem sintomas do novo Coronavírus. Lembre-se: níveis de oxigênio no sangue abaixo de 95% acendem o alerta.

No vídeo abaixo, o Dr. Clóvis Arns da Cunha, coordenador do Centro Hospitalar Nossa Saúde Curitiba e atual presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) fala um pouco mais sobre esse assunto. Confira!

 

Não é hora de baixar a guarda. Não estamos imunes ao vírus e precisamos estar atentos, pois a saúde de outras pessoas depende também das nossas ações.

Nossa Saúde – você vai mais longe, quando a gente vai com você!