As crianças e adolescentes formam hoje a maior parte da população assintomática no mundo com relação ao Coronavírus, por isso o uso de máscaras é importante principalmente quando elas estão em locais públicos junto à sociedade. Porém, é preciso ter muita atenção para que o uso do artigo facial seja efetivo e contribua de fato para evitar a proliferação da doença.
O ideal, é que neste momento os menores fiquem em casa, evitando ao máximo a exposição externa, pois estando no ambiente domiciliar o uso da máscara não é necessário.
A partir de quantos anos a criança deve usar máscara ao sair de casa?
O uso de máscara é indicado a partir de 2 anos de idade. Os cuidados com a higienização e manuseio devem ser os mesmos empregados para os adultos:
– Antes de colocar ou tirar a máscara, lavar bem as mãos com sabão e água corrente, ou álcool gel. (Observação: lave as mãos da criança e as suas para que você possa auxiliar na colocação ou na retirada).
– Evite o toque na parte frontal, movimente e ajuste apenas pelos elásticos;
– Tenha sempre por perto uma máscara reserva, pois não é recomendado o uso contínuo por mais de duas horas. Trocar sempre que ela estiver umedecida.
As máscaras para crianças são iguais às de adulto?
Não. Elas precisam ser feitas com o molde de acordo com o tamanho e a faixa etária da criança/adolescente, pois o principal objetivo é que elas fiquem rentes à face, ajustando de forma integral ao redor do nariz e da boca. Se elas estiverem muito largas, não possuem eficiência alguma.
Por que não usar máscaras em crianças menores de 2 anos?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Academia Americana de Pediatria e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), não é recomendado o uso de máscaras em crianças menores de 2 anos, pois existe o risco de sufocamento. A máscara só deve ser utilizada por pessoas que consigam removê-las sozinhas, crianças nessa idade não possuem autonomia, nem tão pouco controle dos seus movimentos para que possa ter alguma reação em caso de necessidade ou emergência.
O que é importante ensinar para criança antes de sair de casa em tempos de pandemia?
Algumas dicas precisam ser reforçadas com as crianças todas as vezes que forem sair de casa, dentre elas, a higienização constante das mãos, principalmente caso venham tocar no tecido da máscara. A nova etiqueta com relação a tosses e espirros também deve ser reforçada para que sempre utilizem os cotovelos ao aparar boca e nariz.
Manter o distanciamento de 2 metros de outras pessoas e evitar tocar em superfícies, produtos ou prateleiras. Embora todos esses avisos sejam fundamentais, é indispensável a supervisão dos pais e responsáveis para que os riscos de contaminação sejam minimizados.
Uso de máscaras para crianças pré-escolares de 2 a 5 anos de idade é efetivo?
Este tema é um tanto quanto polêmico, pois se os cuidados não forem feitos e acompanhados com precisão, o risco de contaminação é potencializado. É considerável avaliar caso a caso, compreendendo o grau de maturidade de cada criança para ver se o uso da máscara será benéfico.
É necessário o acompanhamento e supervisão de professores e cuidadores em caso de convívio social ou escolar, e lembrar sempre de trocar a máscara com regularidade.
Uso de máscaras para crianças de 6 a 10 anos, como orientar?
Além de toda informação e cuidados que devem ser retransmitidos para as crianças dessa faixa etária, que são os mesmos já citados nas questões acima, o incentivo de troca das máscaras deve ser intensificado. Isso porque a movimentação, brincadeiras, esportes e atividades em grupo de forma geral, comuns nessa idade, fazem com que elas transpirem mais e por consequência tenham as máscaras mais úmidas.
Indique a forma correta para troca do artigo sempre que for necessário, e disponibilize sacos plásticos para armazenar as máscaras que já foram utilizadas durante o dia.
Uso de máscaras para adolescentes, como direcionar?
Essa é uma fase desafiadora, por isso a comunicação precisa ser clara e direta quanto à gravidade que a situação exige. A capacidade de compreensão do jovem é mais efetiva do que da criança em si, por isso conversas constantes e recapitulação de cada detalhe dos cuidados e prevenções precisam acontecer frequentemente.
Juntos seremos mais fortes nessa batalha contra a Covid-19.
Fonte principal: Sociedade Brasileira de Pediatria.