A tensão aumenta na capital paranaense com relação ao crescimento do número de infectados pelo Coronavírus e a baixa disponibilidade de vagas disponíveis em Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s), chamando a atenção das autoridades locais que decretaram no último sábado, (13), o nível de alerta laranja, que indica risco médio para a população.

As estatísticas indicam que as próximas semanas serão cruciais para Curitiba e o estado do Paraná como um todo. A curva ascendente de casos está em constante aceleração e hoje, a macrorregião leste, onde estão localizados Curitiba e região metropolitana, já tem 74% dos leitos de UTI’s ocupados, e essa situação é crítica também para os hospitais privados que estão se aproximando de suas capacidades máximas.

“Se conseguirmos convencer a população a seguir as medidas de isolamento social, provavelmente voltaremos a ter a epidemia ‘sob controle’ em 4 a 6 semanas. Se não conseguirmos, poderá acontecer aqui o que todos vimos em outras cidades no mês de maio”, alerta o Dr. Clovis Arns da Cunha, Presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e Coordenador do Centro Hospitalar Nossa Saúde Curitiba (CHNS).

Em todo o mundo, quase 8 milhões de pessoas já foram contaminadas e tiveram a Covid-19, só no Brasil esse número caminha para 1 milhão, com mais de 45 mil mortes até o momento. Nessa semana, o Paraná deverá atingir a marca de 10 mil casos confirmados, por isso o alerta foi ligado.

Em uma live no Facebook, no sábado (13), a secretária da Saúde de Curitiba Márcia Huçulak foi categórica ao dizer que, “o uso das máscaras e demais medidas são efetivas, mas houve um relaxamento da sociedade em todos os setores. Em razão disso, infelizmente, com muita dor, a bandeira passa a ser laranja. Risco médio, caminhando para uma situação que nos preocupa”.

O decreto 774/2020, publicado de forma extraordinária no Diário Oficial de Curitiba, foi validado pelo prefeito Rafael Greca no último fim de semana, e passa ter validade a partir das 0hs do dia 15 de junho, segunda-feira.

“É o momento de cada cidadão fazer, mais do que nunca, a sua parte e evitar aglomerações em locais que não ofereçam, ao menos, as três maneiras fundamentais de prevenção: o uso de máscaras, o distanciamento físico de no mínimo 1,5m a 2m e a higienização adequada das mãos”, finaliza Arns.

 

Fique de olho:

1 – Ao sair de casa, use máscara o tempo todo;

2 – Higienize frequentemente as mãos com água e sabão e faça o uso contínuo do álcool gel enquanto estiver fora;

3 – Mantenha o isolamento social. Quem puder, fique em casa;

4 – Se você for confirmado com a Covid-19, observe o tempo de isolamento domiciliar que é de 14 dias e mantenha o uso da máscara durante todo o tempo se dividir moradia com demais pessoas;

5 – Pessoas com sintomas respiratórios leves como: coriza, tosse, dor de garganta, mas sem febre ou falta de ar, devem ficar em casa por 14 dias;

6 – Pessoas com tosse, febre alta e falta de ar devem procurar o serviço de pronto atendimento urgente;

7 – Evite aglomerações e mantenha a distância mínima recomendada que é de 1,5 m entre as pessoas;

8 – Proteja os idosos e pessoas com fatores de risco, orientando-os a manterem o isolamento social em casa.